quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Artigo "Liturgia e Carisma" do Pr. Jairo Silvestre

     Este blog surge a partir de uma inquietação que me invade cada vez que presencio direta ou indiretamente as mais esdrúxulas manifestações daquilo que, impropriamente chamam de culto a Jesus Cristo.


     A cada momento que isto acontece sou desafiado, através do ministério que me foi confiado, a confrontar tais práticas, antes de qualquer outro confronto, com aquela que (todos concordamos ser...?) é a nossa única regra de fé e de prática, a Bíblia.


     Penso ser adequado me utilizar deste espaço tão democrático que se tornou a internet para que através da troca de idéias, de experiências e de saberes possamos, cada vez mais, nos aproximar de uma experiência cúltica saudável, enriquecedora e que, principalmente, agrade àquele que deve receber a nossa adoração.


     Começo minha caminhada blogueira disponibilizando aqui o artigo entitulado "Liturgia e Carisma" do colega Prof.º Pr. Jairo Silvestre da Silva que considero bastante didático, informativo e útil à nossa caminhada. É um texto que aborda o tema a partir de um viés predominantemente batista, inclusive disponibilizando textos de diretrizes denominacionais difíceis de se encontrar, mas em nenhum momento deixa de ser bíblico em sua essência. O tenho em tão elevada conta que o utilizo como ementa de uma das disciplinas que leciono no Seminário Teológico Batista de Belford Roxo, "Culto Cristão". Aproveitem!








"...ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém." Jd. 1:25








LITURGIA E CARISMA
Jairo Silvestre da Silva




I. RAZÕES PARA DISCUTIR O TEMA


1. Pela vontade de dinamizar o culto da igreja sem perder a identidade batista.


2. Por que muitas igrejas batistas têm vivido uma certa apatia religiosa e são duramente pressionadas pelo dinamismo cos cultos carismáticos, e até mesmo tentativas de proselitismo.


3. Por que ocorrem conflitos e divisões em igrejas por falta de conhecimento e tolerância. Um exemplo disto é a confusão que alguns fazem entre doutrina e costume. Quando o costume é elevado ao status de doutrina só há espaço para a uniformidade de formas e ordens de culto, e para o autoritarismo e intolerância.


4. Porque a Convenção Batista Brasileira aprovou um documento que fornece diretrizes nesta área. Precisamos conhecer e debatê-lo.






II. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO CULTO CRISTÃO


     O culto cristão é o encontro entre Deus e o seu povo para fortalecer a fé deste e orientar sua vida. O passado, o presente e o futuro se encontram nesta celebração para lembrarem, viverem e esperarem o Reino de Deus. Esta reunião cristã vale-se dos símbolos para comunicar a fé, mesmo dentro de uma ordem definida. O culto concorre no mercado das opções de lazer, colabora para o homem se realizar e deve estar encarnado na cultura.








1. A importância do culto


Karl Barth afirmou: “o culto cristão é o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida humana”.


     A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira afirma que o culto a Deus é a finalidade primeira da igreja ao dizer: “Tais congregações (as igrejas) são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus (batismo e ceia), meditarem nos ensinamentos da Bíblia para edificação mútua e para a propagação do evangelho”. (p.14, os grifos são meus) Culto, batismo, ceia, ensino da bíblia são formas litúrgicas.




2. Terminologia


     A diversidade de termos para designar a reunião dos cristãos às vezes tem gerado muitas confusões e discórdias. É realmente, uma surpresa descobrir que um elemento da vida cristã instituído para a união dos cristãos, cheque a causar discórdia e desunião. Por isso, esclareça-se o uso dos termos e seus sentidos.


 a. Cerimônia: É a reunião de pessoas com uma ordem definida e uma estrutura formal, geralmente fixa.


 b. Rito: É o ato ou reunião de cunho religioso, ou esotérico.


 c. Celebração ou Festa: É a reunião onde predomina a alegria a descontração, fortalecendo as relações entre as pessoas do grupo participante.


 d. Culto: É a reunião de fiéis para venerar sua divindade e fortalecer seu relacionamento com ela.


 e. Liturgia: Do grego Leitourgia (Leitos + ergon) significa a ação do povo, ou ação pública. (Allmen) Na religião cristã tem sido usado para designar as reuniões cristãs, inclusive as festas.




     Qualquer dos termos acima pode ser usado pois, cada um enfatiza um aspecto da reunião cristã. O culto cristão tem os aspectos formal, estrutural, ritual, festivo e venerativo como sendo a ação do povo de Deus.
     O termo que será usado com maior freqüência será culto. Entretanto o termo que melhor designa esta reunião cristã é liturgia, por ser o termo mais abrangente dos acima citados.






3. Definições


Para Allmen “é o encontro entre Deus e o seu povo.”
     
     “A liturgia é uma realidade complexa em que Deus e o homem se encontram, em que a história da salvação se torna atual. Não é portanto fácil definí-la”. Dufresne está certo, quanto a complexidade do encontro entre Deus e o homem, isto significando que é impossível a retirada de um dos elemento sem desfigurar totalmente as reuniões cristãs.
     Também é significativo o que diz Claude Duchesneau: “É celebrar o Deus vivo e atuante que intervém em nossa história para fazer aliança”.
     O culto é o encontro dos cristãos entre si e com Deus, quando celebra-se uma festa de solidariedade dos homens e de Deus através de uma forma estruturada, de natureza religiosa. É a ação do povo que lembra, vive e espera o Reino de Deus.




4. Características do Culto Cristão




4.1 O culto é eclesiástico e universal
     “A característica dominante da liturgia é ser a ação da Igreja. Entenda-se por Igreja, o corpo de Cristo em sua totalidade. A liturgia é ao mesmo tempo a ação de Cristo e dos cristãos”. Esta posição de Dufresne, logicamente, parte do sentido etimológico do termo liturgia, já estudado anteriormente. Ação do povo é ação do povo de Deus, ação da igreja. Outro mérito da caracterização de Dufresne é a relação com o princípio de universalidade do cristianismo.


4.2 O culto é comunitário
     Outra característica é o sentido de comunitariedade, como lembra Joseph Aldazabal. O culto cristão é o encontro da comunidade. Entenda-se por comunidade o grupo de pessoas marcado por grande coesão e pouca coerção. A reunião cristã da comunidade para o culto deverá transparecer esta realidade, onde predomina a união sem coerção. O culto deverá ser alimento da comunidade que fortaleça a sua fé e sua vida.


4.3 O culto é criativo
     A criatividade deverá ser exercitada tanto na estrutura quanto nos símbolos que compõem o culto cristão. Sendo um encontro com Deus-Criador e o homem que é convidado a seguir o exemplo de seu Deus. Cabe à comunidade cristã analisar e julgar os elementos constitutivos do culto e por em prática a criatividade que existe em cada homem.


4.4 O culto é pluralista
     O pluralismo é outra característica do culto cristão. O culto deve ser pluralista pois se reúnem pessoas com objetivos, problemas, potencialidade, experiências, valores culturais, expectativas e faixas etárias diferente. Muitas vezes os participantes do culto são oriundos de classes sociais distintas.


4.5 O culto é um projeto ou modelo de vida
     O culto deve ter uma relação direta com a vida dos cristãos fora do ambiente litúrgico. Assim sendo, ele será um projeto global e globalizante da vida cristã, comunicando e expressando à totalidade do ser cristão.


4.6 O culto é uma festa
     Para Hans Küng o culto deve motivar não somente a razão, mas também os olhos e a fantasia (imaginação). A festa é marcada pelo desejo de comemorar e pelo sentimento de alegria. O culto tem quer ser capaz de envolver os participantes num encontro de comunhão e solidariedade. Tal festa deverá ser marcada, também, pelo espírito poético, que motiva o desejo e prazer numa linda e harmônica criação.


4.7 O culto é inter-temporal
     O culto cristão promove o encontro entre o passado, através da memória das origens, do Cristo e da história pessoal e coletiva; o presente, através de uma análise e julgamento da realidade vigente; e o futuro, pois é a celebração da esperança numa realidade de paz, alegria e justiça no mundo e na eternidade.






5. Fundamentação Teológica do Culto Cristão


5.1 Aspectos cristológicos do culto cristão
     Hans Küng diz que “um bom culto divino é sempre a renovada lembrança de Jesus Cristo, realçada através da Palavra e da Refeição: lembrança do sempre vivo Jesus de Nazaré”.
     A própria vida de Jesus de Nazaré, em certo sentido, foi uma vida litúrgica; ela teve dois grandes períodos ou movimentos: o período galileu, que no culto será composto pelos elementos que antecedem a Ceia do Senhor; e o período de Jerusalém, que no culto será a Ceia lembrando os fatos relacionados diretamente com a paixão de Cristo. A vida de Jesus tem um aspecto sacerdotal (1 Jo 3:8; Rm 5:10ss; Mc 12:35ss; Jo 17:1-26; Jo 2:11ss; Hb 7:27; Hb 9:11; Mc 15:38), que é outro fundamento do culto cristão. Allmen percebeu que a Igreja nascente usou as aparições de Jesus Cristo ressurrecto como estrutura de culto (Lc 24:13-35 e 36-53).
     A morte de Jesus pode ser vista em seu aspecto litúrgico como o cordeiro manifestado (1 Pe 1:19ss) e a única oferta para aperfeiçoar os santificados (Hb 10:14).
     A glorificação de Jesus Cristo dá base aos aspecto festivo-apoteótico do culto. O culto é centrado no Cristo de Deus que, também foi glorificado.
     Jesus cristo prometeu que estaria com os seus discípulos. A presença do Mestre é sentida na vida (Mt 28:20), nas reuniões (Mt 18:20), na memória suscitada pelo pão e pelo vinho da Ceia (Mc 14:22-24). A presença de Jesus não é obrigatória, mas soberana e voluntária; Ele se faz presente.
     Os fundamentos cristológicos do culto são: a vida, morte, ressurreição, glorificação e promessa de presença de Jesus Cristo.
     A liturgia é a ação de Cristo, o Cabeça, e de seu Corpo, a igreja. É a iniciativa criadora que vem do Pai, pelo Verbo e no Espírito Santo, e a resposta humana que se liga pela fé e amor em Cristo (Ef 1:10).


5.2 Aspectos histórico-salvíficos do culto cristão
     “A história da salvação se constitui de uma revelação da vontade salvadora de Deus, de uma reconciliação que torna possível o cumprimento dessa vontade e de uma proteção que salvaguarda a eficácia dessa mesma vontade.” (Allmen)
     “A presença do mistério da salvação, enquanto humanidade peregrina até sua plena realização na parusia do Senhor, culmina na celebração litúrgica eclesial”.
     Há no culto a lembrança da criação, da libertação do Egito, de Jesus Cristo e outros fatos passados, entendendo que Deus aprova o elemento: memória no culto (Ex 12:14; 1 Co 11:24-25). O culto tem que conter elementos da historia atual. A comunhão no culto é a esperança que ela se espalhe pelo mundo, e o clamor da Igreja: Maranatha (vem Senhor Jesus). Para Allmen “o culto cristão é a recapitulação da história da salvação que reatualiza o passado, antecipa o futuro e glorifica o presente messiânico”.
     
     A história da salvação no culto tem seu sentido teológico marcado por três aspectos:


      O aspecto profético, com a presença da Palavra de Deus. Palavra criadora e natural, que é a natureza criada; Palavra reveladora, que são as Escrituras Sagradas; Palavra encarnada e salvadora, que é Jesus Cristo; Palavra de exortação e denúncia que é a proclamação humana.


      O aspecto sacerdotal é constituído pela intercessão e pela lembrança do Cordeiro sacrificado que nos liga a Deus, num ato salvador.


      O aspecto real constituído da submissão do povo a Deus, como seu Rei, através do louvor, consagração, bênção e outros elementos litúrgicos.




5.3 Aspectos eclesiológicos do culto cristão
     A igreja é uma assembléia litúrgica. No Antigo Testamento o “qahal” (ajuntamento dos filhos de Israel) se fez litúrgico pelo fato de se reunir para adoração, decisão e ação; foi assim no Sinai (Dt 4:10), no templo (1 Rs 8:2; 1 Cr 6 e 7) e na reforma nacional (2 Cr 29 e 30; 2 Rs 23; Ne 8 e 9). No Novo Testamento a “ekklesia” foi entendida como litúrgica por Paulo (1 Co 11:18 e 22; 12:28; 14:4ss, 12, 19, 23, 28, 29, 33ss)
     O culto cristão demonstra a natureza da igreja. “Para P. Brunner, o culto enquanto assembléia da comunidade em nome de Jesus, é o que se poderia descrever como o modo mais central da igreja na terra”.


Para Allmem a igreja no culto demonstra ser:


 Uma comunidade batismal, como testemunha da fé.


 Uma comunidade nupcial, como a esposa de Cristo que lhe demonstra amor (e saudade)


 Uma comunidade universal, que entende que o amor de Deus é para todos os homens, por isso sua mensagem e ação são para remissão de toda criação divina.


 Uma comunidade diaconal por estar no mundo para servir a Deus e a humanidade.




     “Como ainda não vivemos a plenitude do Reino, toda celebração está essencialmente marcada pela tensão entre o que já é uma realidade e que ainda não se verificou plenamente; é a imagem da igreja, ao mesmo tempo santa e necessitada de purificação, tem sentido de alegria e uma dolorosa consciência de pecado. Vive na esperança.






6. Fundamentação Pastoral do Culto Cristão
     “Sendo a sagrada liturgia, a presença do mistério da salvação, visa em primeiro lugar a glória do Pai. Mas essa mesma glória comunica-se aos homens e por isso, a celebração litúrgica, mediante o conjunto dos sinais que expressa, apresenta:


 a. Um conhecimento e uma vivência mais profunda da fé;


 b. um sentido de transcendência da vocação humana;


 c. um fortalecimento do espírito da comunidade;


 d. uma mensagem cristã de alegria e esperança;


 e. a dimensão missionária da vida eclesial;


 f. a exigência postulada pela fé de comprometer-se com realidades humanas.”




Para que a liturgia possa realizar em plenitude, esses objetivos, necessário se faz:


 a. uma boa educação religiosa sobre o mistério cristão e sua expressão litúrgica. O culto é o cerne da comunidade cristã local, por isso, a comunicação da igreja deve estar voltada para o culto, que é seu próprio coração.


 b. Adaptar-se as diversas culturas e “encarnar-se” nelas.


 c. Acolher positivamente a pluralidade na unidade, evitando erigir, a priori, a uniformidade como princípio.


 d. Manter-se numa situação dinâmica que acompanhe tudo o que houve de sadio no desenvolvimento da humanidade.


 e. Conduzir a uma experiência vital de união entre fé, a liturgia e a vida cotidiana, em virtude da qual cheque o cristão ao testemunho de Cristo.






7. Razões para participar do culto


     “A oração e o culto divino não se constituem luxo supérfluo. É algo importante, até necessário para a vida, algo que não pode definhar, se quisermos permanecer homem total” (Hans Küng)


7.1 Razões teológicas para participar do culto cristão


 a. Porque foi instituído por Jesus Cristo (1 Co 11:24-25; Lc 22:19; Mt 28:19; Jo 20:23; At 1:8; 1 Jo 2:14; At 20:7).


 b. Porque foi suscitado pelo Espírito ( At 10:46ss; 2 Co 1:22; 2 Co 5:5; Rm 8:23; Lc 5:25; Lc 13:13; Lc 17:15; Lc 18:43; Mt 15:31; Lc 7:16; 1 Co 12:23; Lc 2:20; Lc 23:47).


 c. Por ser um dos meios de efetivação da história da salvação


 d. Porque o Reino de Deus ainda não se manifestou em todo o seu poder


 e. Por amor a Deus, a maior motivação para o culto.






7.2 Razões Pessoais para participar do culto cristão


 a. Todo homem deve agradecer a Deus a vida.


 b. Por ser uma utilidade psicológica que traz paz e alegria ao ser humano


 c. Porque o homem moderno precisa de tempo livre (que não seja ocupado pela profissão e nem planejado totalmente para o trabalho) que seja inteligentemente usado. O culto é o aproveitamento inteligente.


 d. Para reativar sua fé em Deus e em Cristo.


 e. Para voltar a ser calmo e equilibrado.


 f. Experimentar a própria vinculação a uma verdade.


 g. Recuperar o sentido em sua vida contraditória, numa história ainda mais contraditória.


 h. Para ter uma orientação última para as inúmeros e inevitáveis decisões da vida, uma orientação que não destrói a liberdade, ao contrário, possibilita a ligação com o único e verdadeiro Deus.






7.3 Razões Comunitárias e Sociais para participar do culto cristão


     Hans Küng afirma: “ninguém vive sozinho sua fé cristã. Nesta ninguém há que não dependa do outro.”




 a. Razão Pedagógica - oculto é um meio de educar os participantes quanto a mensagem de vida cristã.


 b. Razão comunitária - o culto é um ambiente onde podemos nos lembrar da palavras e ações, da paixão, morte e vida nova de Jesus de Nazaré, que para os cristãos há de ser o Cristo, o modelo de solidariedade. No culto nos solidarizamos, isto é, vivemos uma experiência de grupo comunitário.


 c. Razão Social - o tipo de relação social que se experimenta dentro do culto forjará a mente e ação sociais fora do ambiente litúrgico, isto é na sociedade. Se dentro houver discriminação e injustiça, o participante se sentirá confiante para legitimar a discriminação e a injustiça na sociedade. O cristão deve participar do culto da comunidade por ser ele uma semente ou modelo de relação social.






8. Formas litúrgicas




8.1 Razões para as formas litúrgicas
     Toda reunião humana tem uma forma. Não seria o culto a exceção. Allmen diz: “Toda vida comunitária sempre exige alguma forma.”
     Na teologia há dois aspectos que respaldam a forma na vida da igreja e por conseguinte, as formas litúrgicas: a encarnação e o Espírito Santo. Deus pela sua vontade se fez homem para se relacionar com o homem. “O espírito Santo que tudo renova, que transforma e metamorfoseia tudo aquilo que com Ele entra em contato, não é criador de caos. É Espírito de paz (1 Co 14:32) e de ordem (1 Co 14:40)”. (Allmen)
     O homem par entender melhor a mensagem cristã necessita ser tocado em seus aspectos racionais, emocionais e sensoriais. No culto estes aspectos estão presente. O homem é convidado a pensar, ouvir, ver, comer, beber, movimentar-se, alegrar-se, contristar-se, etc. Então as formas litúrgicas são justificáveis






8.2 Normas para as formas litúrgicas


 a. Fidelidade às Escrituras


 b. Reunir em nome de Jesus Cristo, celebrando sua vitória e presença.


 c. Perseverança no ensino cristão.


 d. Favorecer a Comunhão do Corpo de Cristo e sua memória


 e. Oferecer orações a Deus


 f. Participarem pessoas envolvidas na vida comunitária


 g. Que o povo participe e entenda tudo.


 h. Que o culto seja no vernáculo (língua e linguagem da comunidade local).


 i. Que haja simplicidade, mas não vulgaridade.


 j. Que haja beleza.






8.3 Liberdade e tradição litúrgica


     A tradição litúrgica é importante pois é o que ensinou a Igreja no passado. O respeito a ela valoriza a unidade cristã e combate o clericalismo e personalismo, pois a tradição não é posição do clero, mas de toda a igreja.
     A liberdade litúrgica está baseada na variedade de lugares, tempos e culturas onde a celebração ocorre. Também devido ao pneumatismo do culto, como a ação do Espírito Santo na Igreja. Entretanto, a excessiva liberdade levará o participante a não compreender o culto, o que seria prejudicial.






9. Elementos do Culto Cristão


a. Leitura da Escrituras
     Deve ser lido no mesmo culto o Antigo e o Novo Testamento para que a globalidade da mensagem bíblica seja expressa na celebração litúrgica.


b. Oração
     Ela está, no Novo Testamento, diretamente relacionada com o culto a Deus (At 2:42; 4:27ss; Lc 11:1-13 ou Mt 6:7ss; Gl 4:6; Rm 8:15). “Oração é ... não só um ato de obediência, mas um ato de fé e esperança, que expressa a vinda do dia de Deus (2 Pe 3:12)” (Allmen). As orações podem ser de: aspiração, súplica, intercessão, ação de graças, invocação, aclamação ou doxologia (ou louvor), confissão de pecados, de consagração ou compromisso.


c. Música -
     Pode ser erudita ou popular. Pode ser vocal e/ou instrumental. Vocal pode ser individual, em pequenos grupos, coral ou congregacional. Instrumental pode ser com qualquer instrumento.


     No Brasil há uma tendência de se usar música popular nos cultos. Fred Spann listou alguns princípios para o uso deste tipo de música na igreja, são eles:


 não tenha medo da mudança


 deve-se examinar as motivações


 não se deve emitir juízo sobre o emprego desse tipo de música sem se ter uma experiência de primeira mão com ela, a satisfação dos participantes deve estar na experiência que a música cria e não necessariamente na experiência musical que serve de veículo à mensagem (essa música não teria uma função legítima no ministério cristão).


 é preciso uma liderança dinâmica, cabendo-lhes o dever de se serem criadores e não apenas imitadores.


     A música popular no Brasil é rica e variada. Sendo ela usada no culto fará a mensagem cristã se encarnar, motivará mais e comunicará melhor. Entretanto, não se pense que o uso da música nacional expurgará totalmente a música de outros povos. O que se defende aqui é a predominância do nacional sobre o estrangeiro, e não a sua exclusividade.




d. Ofertas ou Oferendas
     Pode ser dinheiro, produtos do trabalho agrícola, industrial, extrativista, pecuário que são ofertado a Deus no culto da igreja.


e. Confissão ou Afirmação de Fé
     A comunidade sente a necessidade de proclamar sua fé em uníssono. Pede ser usado a Oração do Pai Nosso, o Símbolo dos Apóstolos, textos bíblicos, composições contemporâneas.


f. Vida comunitária
     É a atualização dos membros da igreja sobre asa atividade, problemas, desafios, vitórias, esperanças da comunidade onde é celebrado o culto.


g. Movimento
     Não há culto sem movimento. É expresso pela caminhada ou peregrinação (processional ou recessional), coreografias, bater palmas, levantar, sentar, ajoelhar, erguer os braços, etc.


h. Fraternidade
     Expressa através das saudações, cumprimentos, sorrisos, abraços, apertos-de-mão, palavras amáveis, etc.


i. Pregação
     É a atividade profética onde um participante, ou mais, proclama seu entendimento, interpretação e posicionamento frente a um determinado assunto; que deve ser de interesse e necessidade da maioria dos ouvinte. É então, a Palavra de Deus proclamada através do homem.


j. Batismo
     É uma ordenança de Jesus Cristo. O ato simbólico da fé já adquirida. É a publicação de sua aliança definitiva e vital com Jesus. É a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Cristo de Deus. É a porta de entrada para a igreja local.




l. A Ceia do Senhor


     Uma ordenança de Jesus Cristo. Cerimônia memorial (Mc 14:22-23 e paralelos; 1 Co 11:23ss) de gratidão por Cristo cumprir sua missão salvadora. Nela nos lembramos da morte e ressurreição de Cristo, o pão e o vinho nos lembram o corpo e o sangue sacrificados. A divisão do pão e do vinho (frutos do trabalho humano de plantar colher e produzir) denuncia uma mundo onde não há a distribuição justa entre todos dos bens necessários a vida. Celebra-se a esperança e os sinais do Reino de Deus em sua plenitude, onde a comunhão da igreja é apenas um vislumbre da plena comunhão fraternal futura.
     A Ceia do Senhor deve ser celebrada porque Jesus ordenou, porque os primeiros cristãos praticaram (At 2:42; 20:7; 1 Co 11:20), para que o fundamento cristológico do culto seja completo contendo todas as partes da vida de Jesus, para que o culto tenha seu aspecto comunitário ou fraternal, e porque a Ceia comunica de maneira concreta a Palavra, deixa de ser apenas ouvida e comunica também através dos outros sentidos (visão, olfato, paladar e tato).
     O culto cristão é completo quando utiliza todos os elementos acima mencionados.




10. Ordem de culto


     Allmen afirma que “toda história do culto, seja do culto mais tradicionalmente católico, seja do tipo reavivalista, demonstra que não se pode passar sem algum tipo de ordem. Do contrário o que teremos é caos e não liberdade. O Espírito Santo que tudo renova, que transforma e metamorfoseia tudo aquilo que ele entra em contato, não é criador de caos. É Espírito de paz (1 Co 14:32) e de ordem (1 Co 14:40)
     Há uma grande diversidade entre os cristãos quanto a ordem de culto. Falta de compreensão do valor desta variedade, e conseqüente autoritarismo de seu próprio modelo, tem conduzido a conflitos e divisões. Tal variedade acontece mesmo dentro de uma mesma denominação, o que é salutar para que haja opções litúrgicas dentro do mesmo segmento doutrinário. Tenho colecionado no decorrer dos anos farto material litúrgico como ordens de culto que me permite afirmar a necessidade e significado de se ter opções diferentes para o culto a Deus.
     Os que elaboram a ordem de culto de sua comunidade de fé devem analisar e julgar os elementos litúrgicos provenientes de outras tradições, visando aperfeiçoar o culto em sua grei. Devem verificar se tais elementos são compatíveis com as doutrinas batista conforme expressas na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. (Para um estudo mais detalhado recomendo a leitura de minha monografia de bacharelado em teologia, arquivada no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, onde há uma discussão mais ampla sobre os assuntos acima citados e também: oficiantes, objetos, símbolos, lugar de culto, as relações sobre culto e mercado do lazer, culto e homem, culto e cultura.)






III. A POSIÇÃO DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
GT Doutrinas e Práticas Pentecostais
Por: 76ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira




Introdução:


     Em atenção à decisão da 76ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira, que devolveu o assunto em epígrafe à reconsideração do GT, comparecemos a esse plenário para as seguintes considerações:


a. O GT fez uma releitura do parecer original, limita-se simplificar a redação para fazê-la mais prática e objetiva;


b. Quanto à introdução de textos bíblicos para embasamento das várias afirmações, contidas no parecer, entendemos que não poderíamos fazer nada melhor do que a Declaração Doutrinária da própria CBB apresenta;


c. A convicção do GT é que nosso problema está exatamente na ausência de uma interpretação da Declaração Doutrinária que defina a identidade Batista;


d. Mesmo tendo esta compreensão, o GT não se furtou em atender a solicitação e acrescentou às afirmações os itens nº 2.3, 2.4 e seus subtítulos, às referências bíblicas que entendeu mais apropriada;


e. O movimento carismático no Brasil é objeto de preocupações por parte de todos os seguimentos religiosos, inclusive da igreja católica;


f. As igrejas batistas têm sido impactadas por esse movimento há vários anos. O movimento, porém é de equilíbrio, sabedoria e amor para o tratamento desse tema em nível das igrejas locais, convenções estaduais, associações regionais e, especialmente, no âmbito do plenário da CBB;


g. Isso posta, o GT faz a seguinte exposição para, finalmente formular o seu parecer:






I. O que é movimento Carismático
     Em linhas rápidas devemos voltar ao início deste século para fazermos dos registros:


1) A chegada do chamado “culto protestante” ao Brasil deu-se antes do século XX. O Brasil recebeu missionários norte-americano e imigrante europeus que difundiram o culto evangélico em seu território;


2) O movimento pentecostal tem sua origem fora do Brasil. Aqui chegou com alguns elementos, principalmente dos Estados Unidos, e tem a sua escalada bem nítida.


1910 - O italiano Luiz Francescon, vindo dos estados Unidos com uma experiência pentecostal, fundou a Congregação Cristã do Brasil, no Brás, em São Paulo, causando uma divisão na Igreja Presbiteriana daquele bairro.


1911 - Dois suecos pentecostais, vindos de igrejas batistas dos Estados Unidos, lideraram um movimento pentecostal dentro da PIB de Belém. O grupo foi excluído e fundou a Primeira Igreja Assembléia de Deus em Belém, em junho de 1911.


1951 - Surgiu a Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil (já existia nos estados Unidos). Vários pastores pentecostais foram mobilizados numa cruzada, entre eles, Manuel de Melo, que era da Assembléia de Deus.


1955 - Manoel de Melo sai da Cruzada e funda o movimento O Brasil para Cristo.


1970 - Surge a Igreja Pentecostal de Nova Vida, fundada pelo Bispo McAlister, que esteve na Assembléia de Deus e no Movimento Brasil para Cristo.


Outras - A Igreja Universal do Reino de Deus existe há menos de 20 anos, e já detém um grande número de adeptos, um patrimônio consistente, incluindo emissora de televisão, rádio e jornal.


Dentro deste limite de tempo, podem ser enquadradas: Casa da Bênção, Maranata, Deus é Amor, Cristo Vive e a atual Comunidade da Fé.




II - Características de Culto


1. Informalidade na liturgia;


2. Estímulo à busca de uma experiência semelhante àquela descrita em atos 2: falar em línguas, revelação do Espírito, acontecimentos marcantes;


3. Ênfase no poder do Espírito para curar, expulsar demônios, exorcizar, batizar os crentes capacitando-os para a realização da vontade de Deus;


4. Uso do misticismo nas celebrações coletivas: unção com óleo, oração da fé, bênção de cura e proteção, imposição de mãos sobre crentes oprimidos;


5. A mensagem pregada é “revelação” do Espírito. Acontece na hora da fala. O pregador pode falar em línguas, ter visões e operar “sinais e prodígios”;


6. Destaques em cultos públicos: dia de vigília, batismo no Espírito, culto de libertação;


7. Em alguns grupos, excessivos pedidos de dinheiro com promessas e ameaças sobre os participantes dos cultos (bênção ou maldição).






III - Os batistas e o movimento carismático


     Recomendamos a leitura do livro do Pr. José dos Reis Pereira, História dos Batistas do Brasil-1882-1982, onde há um tratamento coerente da questão doutrinária que provocou a exclusão de pastores e igrejas da Convenção Batista Brasileira em 1965. A Convenção Batista Nacional surgiu com o movimento renovacionista desse período.




IV - Os neo-pentecostais
     É o nome dado às práticas pentecostais da atualidade, algumas delas aceitas por pastores batistas, que passaram a empregar tais novidades em suas igrejas.


1. Sopro do Espírito: o pregador dá um sopro à altura da cabeça da pessoa e esta quase sempre, cai no chão “cheia de poder”.


2. Pastores que estão atirando objetos e peças do seu vestuário (paletós, gravatas, lenços) sobre as pessoas na hora da ministração espiritual. Quase sempre estas pessoas vão ao chão “pelo poder do Espírito”.


3. Culto tipo programa de auditório o(s) dirigente(s) conduz(em) as pessoas como apresentador(es) de Programa de auditório, passeando na platéia, dirigindo brados de guerra ensaiados, organizando gestos e manifestações específicas para a hora do louvor, da oração, da cura.


4. Introdução de costumes estranhos à bíblia e à Igreja Cristã: orar sobre as roupas de pessoas ausentes ao culto; orar sobre fotografias e enfermos; barganha de propriedade por bênção de Deus; venda de elementos transformados em sagrados: água que cura, sabonete que purifica o corpo, mel poderoso e outros.






V – Liturgia e Doutrina
     Liturgia e doutrina constituem duas categorias diferentes e muito ignoradas pelos carismáticos.
     Liturgia: É serviço. A palavra grega em romanos é latréia como culto. O culto é uma espécie de sacrifício, dedicação da vida, à semelhança do que faz o próprio Cristo. Logo no centro da adoração cristã (liturgia) está Jesus.
     Doutrina: É o fundamento da fé. Não existe base bíblica para o exercício de liturgia livre da doutrina e da reflexão teológica. Assim, “teologia é a maneira de falar sobre Deus a Deus mesmo...”
     Paulo, entretanto foi mais sistemático ao empregar o termo latréia racional.
     Usa a palavra logike. O seu conceito é o seguinte: os cristãos devem apresentar os seus corpos num serviço lógico ou espiritual.
     Já disse alguém que a “religião é o coração de um mundo sem coração”. Mas o mundo tem coração e sentimentos. Os desvios da atualidade transformaram a religião numa prática sem coração e sem lógica. Há extremos, hoje, ou de exacerbação emocional e anti-intelectual, ou de exercício racional sem emoção.
     Segundo a revista evolução as bases pentecostais são: cura, exorcismo e propriedade. “Assim a palavra Bíblia não passa de um amuleto, manejado apenas nos atos de exorcismos e noutras cerimônias, como fonte de virtudes excepcionais, ao lado dos sacramentos. Também estes são interpretados segundo uma perspectiva utilitária”.






VI – Existência e uso dos dons espirituais


     Os dons (carismas) são havidos como valores absolutos pelos pentecostais em todos os tempos. Uma leitura superficial e tendenciosa da Bíblia é feita pelos carismáticos para sustentar sua interpretação sobre esse assunto.
     A referência principal é I Cor. 14.1, “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais...” E só. Daí deste versículo é feita a lista dos dons, sendo que os principais são línguas e profecias (para a congregação); cura e visões (para os líderes).
     Os grandes líderes carismáticos da atualidade justificam suas experiências fantásticas de maneira muito livre, personalizada, sensacional, absolutizada. Eles são paradigmas para a comunidade. Exemplos: Paul Yonggi Cho, Kenneth Hagin, T. L. Osborn, John Avanzini, Benny Hinn, Juan Benedetti, Claudio Anaconda, Larry Lea. Normalmente, são pessoas portadoras de histórias dramáticas, energizadas pelo Espírito de forma “sui generis”, possuidoras de todos os dons das listas do Novo Testamento, chefes de igrejas e grupos independentes e, atualmente dons de recursos financeiros consideráveis, horários em rádio e TV de influência internacional, muita literatura e muita polêmica em sua trajetória.






VII – Questões Gerais


a. Os movimentos carismáticos Já venceram obstáculos que os grupos tradicionais não conseguiram superar: A igreja Universal promove “correntes” da prosperidade, da saúde, orações especiais para sanar problemas familiares, financeiros e outros; a Igreja Renascer em Cristo conquista a juventude de classe média com uma forte ênfase em ação social e na música denominada “Música Gospel”. Além disso, as opções de atrativos dentro do ambiente dessas igrejas têm sido muitas: exploração de espaços para esportes, shows, programas de auditório, vídeo e muita sociabilidade, além de pouca ênfase nas exigências éticas da fé cristã.


b. O momento que o mundo atravessa é, em si mesmo, místico. É final de século e de mais um milênio. As grandes questões da história aconteceram a partir das influências momentâneas e o período em que vivemos é propício a muitas coisas e novidades.


c. Os carismáticos têm propostas variadas de alcance de massas. Tanto estão nas camadas pobres do país quanto nas de classe média e na burguesia também. Reconhecemos que os grupos tradicionais, incluindo os Batistas, permanecem uniformes em termos de método e discurso, e pretendem atingir a todos de forma igual e encontram dificuldades de mudanças.


d. O olhar crítico dos católicos e evangélicos tradicionais, quando posto sobre os carismáticos, é muitas vezes limitado e tendencioso. Normalmente fixa e destaca seus exageros, sensacionalismo e problemas éticos. Mas é bom lembrar que a história dos carismáticos não é composta somente desses problemas.


e. Líderes batistas que aderiram aos movimentos carismáticos, normalmente, experimentam o isolamento. Primeiro a nossa Declaração de Fé, embora tão objetiva, não é um instrumento constante do exercício ministério batista. Segundo, não dispomos de elementos úteis que possam dar apoio ao ministério batista. A autonomia as igrejas locais é um obstáculo a uma abordagem denominacional em situações de divergências doutrinárias, especialmente se não houver nos estatutos indicações de tratamento, pela igreja e denominação, quanto aos problemas de doutrina, divisão, dissolução da igreja, etc.


f. O papel dos seminários na formação de líderes precisa ser analisado sob dois aspectos:




1) critérios acadêmicos atualizados, válidos, técnicos, de avaliação e desenvolvimento do preparo de líderes. Sabemos que os seminários não podem prever o futuro dos pastores em seus trabalhos, mas podem dar instrumentos de trabalho, cultura espiritual e acadêmica, intelectualidade, razão crítica e visão do mundo livre do misticismo e sem sentido. Isso é chamado de qualidade. Eis o papel dos seminários;


2) a responsabilidade das igrejas na hora de renomear candidatos ao ministério. As igrejas devem receber orientação da denominação através dos próprios seminários e com a ajuda dos pastores acerca do preparo adequado (observação, acompanhamento e decisão) das igrejas e do(s) candidato(s) até o momento da sua recomendação e, ao longo do curso, de sua permanência lá.






VIII – Uma Igreja Batista: definição e características


     Igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente criadas, e feitas uma só abaixo do governo do soberano Deus. No sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço – Mt. 18.17; At. 5.11; At 20.17, 28; Jo. 4.17.


Características


1. O indivíduo – Os batistas sempre reconheceram o valor do indivíduo, e este ocupa o centro do esforço evangelístico e missionário das igrejas Gn. 2.7; Sl. 8.4-6; Ec. 5.14; I Tm. 2.5.


2. O culto – Apesar das tendências históricas dos homens na busca de novidades, algumas provocaram prejuízos enormes ao processo de redenção do mundo. Os batistas têm procurado estabelecer as diferenças entre: a) essência (aquilo que o culto realmente é); b) qualidade (que é a vivência da adoração pessoal ou coletiva); c) práticas (que são as experiências ou realizações). Existem aspectos positivos, lógicos, saudáveis, bíblicos, necessários; e os aspectos negativos, que são o interesse deste trabalho.


2.1. O culto deve ser coerente com a natureza de Deus Sl. 30.4; Sl. 33.1-2


2.2. Historicamente, os batistas sempre foram anti-rituais e contrários a qualquer espécie de misticismo.


2.3. O culto é a comunhão com deus. E isso envolve certos padrões, que não são invenção humana, mas princípios da sabedoria divina:


     2.3.1. Reverência – É a atitude de reconhecimento à atitude da grandeza de Deus e de Sua soberania Sl. 2.4; Mt. 6.9; Lv. 19.30.


     2.3.2. Ordem – É a maneira como a liturgia se desenvolve. Ordem não é sinônimo de frieza, formalismo ou ritual. I Co. 14.40.


     2.3.3. Confissão – Forma de Expressão de arrependimento, Quando renunciamos ao pecado confessamos a Cristo como Senhor. Sl. 51.1-4; Sl. 32.5-6; Jo. 1.9; Tg. 5.16.


     2.3.4. Oração – Meio de crescimento que aproxima o homem, ou grupo, de Deus intensificando a comunhão. Jr. 33.3; Dn. 9.20; Lc. 18.1-8; I Cr. 7.14


     2.3.5. Edificação – Pela meditação da Palavra de Deus Mc. 2.2; Jo. 4.50; Jo. 6.68; I Ts. 2.17.


     2.3.6. Louvor – É Santidade e majestade de Deus. Hb. 13.15; Sl. 67.3; Rm. 12.1-2; Sl. 69.34.


     2.3.7. Reconhecimento – A autoridade divina, que se manifesta na atuação do Espírito Santo como consolador, convencendo o homem do pecado, da justiça e do juízo.




     O GT entende que essas ondas que de quando em quando, invadem nossas igrejas procurando reeditar doutrinas próprias de pentecostalismo, como adivinhações, sonhos, profecias, unção com óleo, oração no monte, línguas estranhas, sopro do espírito e outras novidades, não fazem parte do corpo de ensinos ministrados pelos batistas. Nossa fé está fundamentada na clareza da doutrina bíblica e não nos relatos obscuros que dão margem à imaginação do homem. É por isso que cremos na bíblia como palavra de Deus, e que a Revelação de Deus na história se completou em Jesus Cristo (Hb. 1.1-8; Jo. 1; Cl. 1.12-33). Cremos no batismo do Espírito Santo no ato da conversão, na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo para salvação dos pecados por meio da fé; na liberalidade e responsabilidade do homem diante de Deus. Inúmeras outras afirmações podem ser adicionadas aqui, mas optamos por aquelas que julgamos ser as principais para uma igreja nortear seu rumo, sob o princípio de que tudo deve ser feito com “decência e ordem” (I Co. 14.40)






2.4. Liturgia Bíblica – Entendimento Substancial das igrejas batistas:


     Reconhecemos que não há um modelo, um só padrão de culto. E que a igreja batista não é detentora da única forma correta de cultuar. Mas entendemos que há princípios norteadores de adoração, expostos na bíblia que são substanciais ao culto.




2.4.1 Princípios norteadores da adoração.


     2.4.1.1 Amor e devoção a deus. Mt. 22.37


     2.4.1.2 Louvor como forma de exaltar a Dignidade de Deus e a perfeição do seu caráter. Sl. 46.10


     2.4.1.3 Oração – Que é o meio de ouvir a voz de Deus na intimidade. Há orações de louvor, gratidão, de confissão, de súplicas, de intercessão. At. 2.42


     2.4.1.4 A bíblia como autoridade em matéria de fé e prática. O VT é a Palavra de Deus através dos profetas e o NT é a voz de Deus através dos apóstolos. I Tm. 3.16,17


     2.4.1.5 A música como elemento forte, procura levar as pessoas ao coração de Deus. É adorar em espírito e em verdade. Jo. 4.23,24


     2.4.1.6 Celebração de batismos. At. 10.47,48


     2.4.1.7 Celebração da Ceia do Senhor. I Co. 10.23-26


     2.4.1.8 Dedicação de vidas, vidas e ofertas. Mt. 3.10


     2.4.1.9 Apelos de arrependimento. At. 2.38


     2.4.1.10 Exercício do sacerdócio individual (cada pessoa pode ir à presença de Deus sem mediador, a não ser Jesus Cristo). Hb. 10.19-25




2.4.2 Elementos que podem ou não ser usados nos cultos, mas não são essências e nem definidores de ortodoxia.


     2.4.2.1 Bater palmas em momento de cânticos. Sl. 47.1


     2.4.2.2 Determinadas expressões do vocabulário evangélico atual: Paz do Senhor. Glórias e Aleluias, etc. I Co. 1.3


     2.4.2.3 Levantar as mãos na hora de cânticos ou de oração. I Tm. 2.8


     2.4.2.4 Jejum individual. Mt. 6.16-18; Is. 58.5-7; II Co. 6.5


     2.4.2.5 Chamar pessoas à frente em oração.


     2.4.2.6 Orar em duplas, ou em grupo, dentro dos cultos públicos. Tg. 5.16-17; Ef. 6.18; I Ts. 5.17


     2.4.2.7 Postura padrão para orar (de pé? de joelho? Sentado?). Mt. 6.5; At. 20.36; Lc. 22.46




2.4.3 Práticas que são contrárias ao culto cristão, à luz da bíblia, e ao culto celebrado pelas igrejas batistas:


     2.4.3.1 Bater palmas para Jesus. A bíblia recomenda adorá-lo! Mt. 28.17


     2.4.3.2 Declarações de caráter autoritário, estranhas à Bíblia. Ex. Amarrar satanás. A Bíblia recomenda resistir. Ef. 6.18


     2.4.3.3 Classificação dos “espíritos”: espírito de maldição, espírito de morte, espírito de mentira, espírito de enfermidade.


     2.4.3.4 Adivinhações. Lv. 19.31; 20.6; At. 16.16-18


     2.4.3.5 Revelações isoladas (o nosso entendimento é que a revelação já se completou) na Bíblia. Jo. 1.17; Ap. 22.18


     2.4.3.6 Unção com óleo como elemento de fé.


     2.4.3.7 Orar no monte como se monte fosse um lugar especial.


     2.4.3.8 Jejum como meio de obtenção de graça ou de crescimento espiritual. Is. 58.5-7


     2.4.3.9 Falar em “línguas estranhas”. I Co. 14.2, 4, 5. O falar em língua é, no ensino de Paulo, do interesse de uma pessoa; a edificação é interesse da igreja.






IX – Parecer do GT




1. Que as igrejas da CBB estudem mais eclesiologia e reflitam mais sobre a teologia dos princípios batistas;


2. Que os pastores e igrejas da CBB recebam da Convenção um apelo a que realizem as mais variadas formas de estudos e atividades sobre a razão de ser da igreja, sua missão histórica, os avivamentos à luz da história, igreja local e responsabilidade social e muitos outros temas;


3. Que reconheçamos as diferenças existentes entre as igrejas Batistas chamadas tradicionais, isto é, que apresentam liturgia, costumes e doutrinas bíblicas e que aceitam a Declaração doutrinária da Convenção Batista Brasileira, e as que estão em fase de renovação carismática, apresentando divergências entre o culto e a prática;


4. Que essas diferenças sejam avaliadas, à luz dos testemunhos de membros dessas igrejas e de abordagens feitas aos pastores da igrejas, a partir de critérios bem definidos: bases litúrgica, fundamentos hermenêuticos;


5. Que a CBB faça apelo às ordens de Pastores dos estados brasileiros a que façam promoções contidas no item 2, e que estejam atuando junto aos pastores envolvidos com o movimento carismático, ouvindo-os e dando oportunidades de expressão a esses pastores;


6. Que o princípio da autonomia da igreja local seja respeitado, mas que a CBB tome posição frente às igrejas, que se caracterizam por desvios doutrinários e que não agem de acordo com a teologia e eclesiologia das igrejas ligadas à convenção;


7. Que os casos não sejam tratados em termos gerais, mas que cada um seja considerado em suas particularidades;


8. Que os seminários, tanto da CBB como das convenções estaduais, apresentem programas de preparo específico e constantes dos seus alunos nesta ares, envolvendo as próprias juntas, seus reitores, corpo docente, objetivando preparar os alunos para que saiam dos seminários conscientes sobre as diferenças marcantes entre avivamento espirituais e práticas pentecostais e exóticas;


a) O GT entende que a proliferação de seminários no Brasil é forte contribuinte para a divulgação de doutrinas e conceitos carismáticos.


b) As igrejas devem preparar melhor os candidatos, verificando sua vocação maturidade.


c) Os professores hão de ser integrados os máximo possível, na obra denominacional.


d) Considerando a importância do Ministério Pastoral para o resguardo da identidade denominacional, que se recomende às igrejas que só promovam ordenação de candidatos que, primeiramente, tenham estagiado junto a pastores experientes e integrados na denominação.


e) Que assuntos de ordem doutrinária da denominação sejam tratados em nível da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e das ordens estaduais.




9. Que sejam planejadas e executadas, de cinco em cinco anos, grandes campanhas nacionais de evangelização e despertamento, com congressos, programas de conferências intensivas e simultâneas de evangelização, clínicas de preparação de igrejas para as várias ações estratégicas, desde a capacitação das igrejas para o momento da semeadura até a integração dos resultados;




10. Que seja nomeada uma comissão de juristas para elaborar um plano de garantia e segurança do patrimônio das igrejas, formas adequadas de registro e ação no sentido de retomadas do mesmo em caso de desvios doutrinários;




11. Que declaremos nesta Assembléia que somos uma denominação que crê na Bíblia, na autoridade de Jesus, na majestade de Deus, na atuação do Espírito Santo, na investida missionária, na justiça social, no avivamento que vem do céu, que produz unidade, paz, respeito público, arrependimentos e conversões.




Rio de Janeiro, 30 de Novembro de 1995.
Pr. Belardin de Amorim Pimentel – Redator
Pr. Aloízio Penido Bertho
Pr. Ader Alves de Assis
Pr. João Ferreira dos Santos
Pr. Darci Duzilek
Pr. Ebenezer Soares Ferreira
Pr. Irland Pereira de Azevedo
Pr. Júlio de Oliveira Sanches
Pr. Washington Rodrigues de Souza Ferreira








IV. AS PERGUNTAS MAIS COMUNS E POSSIBILIDADE (ENSAIO) DE RESPOSTAS








Questões sobre LITURGIA:


1. Há uma tradição litúrgica da Igreja Cristã, isto é, uma Liturgia que seja comum a todas as das as formas de expressão da Igreja Cristã?
 Resposta: O que há de comum é fundamentação teológica e pastoral do culto


2. Há uma Liturgia Batista? Qual é a base (histórica? documental? estatística?)
 Resposta: Precisa haver uma pesquisa para se ter uma visão atual. Estou pronto a emprender este trabalho faltando-me condições financeiras para tanto.


3. Quais os limites para a influência local (interna e externa) na liturgia de uma igreja?
 Resposta: Os limites para a influência da cultura local são a adequação à doutrina daquela denominação e a decisão democrática dos membros.


4. É possível um mesmo culto atender as diferentes expectativas das faixas etárias, classes sociais, grupos específicos na Liturgia atual das igrejas batistas?
 Resposta: Sim desde que haja tolerância e verdadeiro amor cristão, não deixando que um lado apenas se sobressaia em detrimento dos outros. O culto é de todos os membros da comunidade de fé. Não é patrimônio de apenas um segmento.


5. Quais as tensões atuais?
 Resposta: Uso de instrumentos variados, utilização de ritmos e melodias populares, gestos e movimentos corporais, uso de cânticos que não estão no Cantor Cristão ou Hinário para o Culto Cristão.


6. Quais as práticas litúrgicas compatíveis com as doutrinas bíblicas conforme a interpretação dos batistas da Convenção Batista Brasileira?
 Resposta: Leia o relatório do GT à Assembléia da Convenção.


7. A unificação da liturgia batista é um requisito necessário para a manutenção da identidade denominacional?
 Resposta: Não deve haver uniformidade de ordens de culto, mas a publicação de literatura sobre liturgia como referência básica para igrejas e pastores é uma necessidade.


8. Como fazer da liturgia um meio de aproximação entre os membros da igreja?
 Resposta: pelos momentos de fraternidade e compromissos mútuos (Ex: Companheiros de Oração).


9. Qual é a importância das emoções no culto?
 Resposta: Uma importância secundária, mas existe.


10. Qual é o papel do milagre, da mística, e do transcendentalismo no culto?
 Resposta: Não deve ser o milagre uma busca prioritária, mas temos que ter a necessária abertura para que Deus possa realizar a sua vontade. Não deve haver publicidade e comércio em torno do milagre.


11. O uso de multimídia no culto cristão.
 Resposta: Pode ser usado desde que não se chame mais a atenção para o meio do que para o conteúdo e a mensagem.






Questões sobre CARISMA




12. O culto deve dar ênfase principal a pessoa do Espírito Santo?
 Resposta: A ênfase do culto deve ser Jesus Cristo, pois a missão do Espírito Santo é dar testemunho dele, consolar os discípulos por sua ausência física, convencer o homem do pecado e motivá-lo à fé em Cristo, regenerar aquele que crê em Jesus.


13. Há possibilidade de espontaneidade para expressar a fé no culto cristão?
 Resposta: Deve ser dosada de acordo com cada igreja e ocasião, só não podendo se tornar regra geral


14. Quais as razões pelas quais o Culto Carismático é muito procurado?
 Resposta: Por ser:
um meio de responder as necessidades psicológicas da pessoas; que não têm sido respondidas pelo tradicional
uma reação a institucionalização da vida religiosa
uma busca de Carisma (poder ou capacitação espiritual) para cumprir a missão cristã
uma tendência mundial de busca da experiência e de sentimentos/emoções.


15. Como dinamizar a instituição cristã e seu culto?
 Resposta: Através de um constante estudo crítico das iniciativas litúrgicas internas e externas da igreja e denominação


16. O movimento carismático faz proselitismo nas igrejas tradicionais?
 Resposta: Infelizmente isto ocorre e é inadmissível.


17. Há possibilidade de diálogo entre tradicionais e carismáticos? Há conseqüente mútua influência?
 Resposta: Temos que ter humildade para aprender e firmeza para ensinar. Somente os inseguros têm medo do diálogo. Desejo enfatizar que o meu incentivo é ao diálogo e não à polêmica ou disputa doutrinária.




Outras Questões


18. Qual deve ser a prioridade da Igreja e seu culto: Quantidade ou Qualidade?
 Resposta: O desejável são as duas, mas se for preciso em algum momento abrir mão de uma delas, fiquemos com a qualidade. Não adianta termos o templo cheio se não conseguimos realmente cultuar a Deus. Nunca o culto deve ser um evento de entretenimento ou diversão, como um show de auditório.


19. O que conduz a fanatismos, legalismos, autoritarismo e intolerância de ambos os lados: tradicionais e carismáticos
 Resposta: A falta de senso crítico na auto-avaliação(humildade) e na análise do outro (compreensão).


20. Quais são as principais causas de conflitos e divisões relacionadas ao culto e ao carisma.
 Disputa de poder
 Vaidade pessoal de líderes
 Falta de conhecimento sobre liturgia
 Confusão entre Doutrina e Costumes
 outras:______________________________________________________________






















V. BIBLIOGRAFIA






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