sábado, 7 de novembro de 2009

Aquilo que pensamos versus aquilo que fazemos...

                Recentemente estive em um casamento de um familiar. É sempre muito bom ver que algumas pessoas ainda acreditam nesta instituição. Mas, em festas como esta, eu acredito, quando observamos as pessoas, é que aprendemos mais, que podemos, no meio da confusão, observar a maneira através da qual as pessoas enxergam o mundo, afinal, Platão já dizia: “você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa"...
Estávamos, a certa altura, nós e a família de um amigo quando ele comentou: “Legal a festa, não tem bagunça...”, e naquele exato momento o DJ anunciou: “Vamos esquentar as coisas aqui!!”...e começou a tocar aquilo que os brasileiros teimam, enganados, em chamar de funk... Começou calminho, com letras (sim, letras, não há música neste gênero...) não tão ofensivas, mas como este caminho nunca acaba bem, lá pelas tantas as coisas que ouvíamos eram: “Vem novinha, vem...” e daí prá pior. E as pessoas se esbaldando! Caindo na farra. Vocês sabem que o movimento-mor da dança deste gênero é aquele da ligeira abaixadinha e a pélvis que, pornograficamente, vai e vem sem parar. Até aí morreu Neves.
Escrevo estas linhas por que naquele exato momento fiquei imaginando cada uma daquelas pessoas sendo inquirida, por exemplo, sobre o que pensavam da violência, sobre a prostituição, em especial a infantil, e sobre assuntos desse gênero. É claro que já sabemos as respostas, todas elas negativas, de reprovação, etc. Pois bem, em pensamento, eu juntei esses dois momentos, o da pélvis nervosa com o da entrevista e tentei por alguns minutos imaginar como cada um se safaria, consciente (ou não...) de que este gênero é um dos principais alimentadores daquelas situações vergonhosas e até mesmo criminosas.
É espantoso o que somos tentados a imaginar ao presenciarmos tais situações...
É claro que tal situação imaginária é até possível, mas de probabilidades quase nulas, mas que faz a gente pensar, ah, isso faz.

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